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Ilhéus, no sul da Bahia, acaba de quebrar um jejum de 20 anos na exportação de cacau. A multinacional americana Cargill concluiu, na semana passada, o envio de um carregamento de seis mil toneladas de amêndoas de cacau do Porto de Malhado para a Holanda.
O fato foi comemorado pelo setor cacaueiro do estado, mas com ressalvas. O presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Milton Andrade Jr., destaca, além do tamanho da carga - a exportação limitou-se a pequenas quantidades nas últimas décadas - o fato de ser a primeira vez, na história da região, em que uma multinacional exporta cacau em grãos.
Outro ponto positivo é o reconhecimento da qualidade do produto baiano e o retorno dele ao mercado internacional. A região costumava ser a maior exportadora de cacau antes da vassoura de bruxa - praga que devastou a produção da região no final dos anos 80. E, principalmente, segundo os produtores da região, essa seria a prova de que há um excedente do produto no mercado interno.
Segundo o Sindicato Rural, a indústria processa, em média, 250 mil toneladas de cacau por ano. Em 2014, foram 230 mil toneladas. As quatro regiões que cultivam o fruto, no Brasil, produziram 290 mil toneladas, provocando um excedente de 60 mil toneladas. "Imagine isso com mais 40 mil toneladas importadas", frisa Andrade.
Fonte: Portos e Navios