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São José do Norte teme retrocesso para estaleiro
Algo que gera receio sobre um empreendimento é o clima de incerteza. E essa é a situação da EBR - Estaleiros do Brasil, empresa do grupo Toyo Setal, que possui um estaleiro no município de São José do Norte. A preocupação é de que o acordo de delação premiada firmado pela Toyo Setal e o Ministério Público Federal, quanto ao esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato, possa de alguma forma afetar o complexo.
“Qualquer retrocesso que possa ocorrer no andamento do estaleiro, que está hoje com licença de operação parcial, claro que nos preocupa”, afirma o vice-prefeito de São José do Norte, Francisco Elifalete Xavier. O dirigente ressalta que a cidade já faz parte do mapa da construção naval brasileira. Xavier comenta que o estaleiro está trabalhando atualmente na montagem dos módulos da plataforma de petróleo P-74 (encomendada pela Petrobras), apesar do casco da estrutura ainda não ter chegado ao Estado. O vice-prefeito acrescenta que as informações que são passadas pela EBR indicam que as obras estão sendo conduzidas normalmente.
Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a assessoria de imprensa da EBR - Estaleiros do Brasil disse que a companhia não está se pronunciando no momento. Já a assessoria da Toyo Setal não retornou a solicitação até o fechamento dessa edição. De acordo com dados do site da EBR, a empresa está investindo R$ 500 milhões nas primeiras etapas de construção de seu estaleiro localizado no Rio Grande do Sul. A expectativa é da geração de 3 mil empregos diretos e 10 mil indiretos durante o pico de operação.
A unidade terá capacidade de processar 110 mil toneladas de aço por ano e cais com 820 metros lineares para executar serviços de integração em duas plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) simultaneamente. Ainda segundo o site, para este ano estava previsto o início da construção dos módulos e o término da edificação das áreas administrativas e industriais e da implantação total do cais e início dos serviços de integração de plataformas.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein
Fonte: JCRS
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