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De olho nos números: 'bear market' no Ibovespa, só abaixo de 58.800 pontos

04/07/2008 �s 10:38
De olho nos números: 'bear market' no Ibovespa, só abaixo de 58.800 pontos A forte volatilidade e o declínio visto nas últimas sessões dos mercados acionários internacionais e doméstico deixam a impressão negativa de que estamos rumando para uma tendência de queda. Para Eduardo Miziara, analista do BNP Paribas, é difícil prever se a situação de "bear market" (mercado em tendência de baixa) vai se instalar nas bolsas, mas não se pode descartar a possibilidade. O cenário certamente aponta para a cautela, com o aumento do risco inflacionário, alta das commodities, desvalorização do dólar e dificuldades nos setores financeiro e automobilístico dos EUA. Entretanto, Miziara ressalta que o "bear" ainda não atingiu o mercado norte-americano ou o brasileiro, embora esteja próximo. Bear e Bull Para aqueles que não estão acostumados com as expressões do mercado financeiro, Miziara explica o significado dos termos "bear market" e "bull market". O primeiro é usado para designar uma tendência de baixa generalizada dos ativos, quando o mercado cai mais de 20% a partir de uma máxima anterior. Já a expressão "bull market" significa justamente o contrário, sendo utilizada para indicar uma tendência de alta, quando o mercado sobe mais de 50% a partir de uma mínima anterior. Ambos os termos são inspirados no modo de ataque dos animais a que se referem: o "bull", touro em inglês, ataca de baixo para cima, enquanto o "bear", que significa urso, ataca de cima para baixo. Brasil em "bear"? De forma a analisar as tendências do mercado acionário brasileiro, Miziara tomou como base o índice Ibovespa, sinalizando que estamos em um bull market que já dura desde maio de 2004, com valorização de 270% até agora, tendo a máxima deste movimento sido alcançada no dia 20 de maio deste ano (73.516 pontos). Embora o benchmark tenha apresentado sucessivas quedas, ficando abaixo dos 60 mil pontos nesta quinta-feira (3), isso ainda não caracteriza um bear market, que só será confirmado após o Ibovespa passar pelo patamar dos 58.800 pontos e continuar em baixa. Histórico Brasileiro "O último bear market [considerando o Ibovespa] ocorreu entre janeiro de 2004 e maio de 2004 e apresentou queda de 38%", conta o analista do BNP. Contudo essa não foi nem de longe a pior época dos mercados brasileiros, cujo maior bear market foi de abril de 1986 até julho de 1987, quando o Ibovespa caiu 89%. Em sentido oposto, o maior "bull" da história da bolsa brasileira, segundo Miziara, marca o boom da bolsa entre agosto de 1968 até julho de 1971, quando o mercado subiu quase 900%. Situação nos EUA Mas e os EUA? Com o pior junho desde 1930, Wall Street já confirmou o bear market? Para Eduardo Miziara, a resposta é negativa. "A situação atual é uma espécie de suporte para a entrada no mercado do urso. O mercado tem testado o nível dos 1.252 pontos (que daria os 20%), mas reage em seguida", explica. A base utilizada pelo analista é o índice S&P 500, cujo "bull" mais forte aconteceu na década de 1920, com valorização de 657%. Enquanto isso, no pior bear market da história do país, o índice registrou queda de 84%, entre os anos de 1929 e 1932 - exatamente a época que marcou a Grande Depressão. De acordo com Miziara, a média dos bear markets teve duração de um ano e dois meses, com queda de 32,7%. "Como curiosidade, seis dos últimos oito bear markets terminaram no mês de outubro", completa o analista do BNP Paribas, em relatório. Mais bull do que bear A boa notícia, se for possível ser otimista diante de um cenário como o atual, é que conforme a análise de Miziara, os bear markets são mais fracos e mais curtos do que os bull markets. Para o analista do BNP Paribas, no longo prazo as altas compensam as quedas. "De 1970 até hoje, o Ibovespa subiu 11.419% em dólar, o que daria uma taxa anualizada de 13,1%, portanto dobraria o capital em aproximadamente seis anos. No mesmo período, o S&P 500 subiu 1.276%, o que daria uma taxa anualizada de 7%, portanto dobraria o capital em aproximadamente 10 anos", calcula o analista.

Fonte: InfoMoney



 
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