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Saiba como a inflação afeta a demanda interna e por que pode atingir a bolsa

03/07/2008 �s 15:20
Saiba como a inflação afeta a demanda interna e por que pode atingir a bolsa A alta da inflação atingiu um ritmo que começou a preocupar de forma mais contundente o mercado financeiro - tanto que o último relatório Focus trouxe projeções do mercado maiores para todos os índices de preços - ameaçando o descolamento que alguns analistas previam para a economia interna e, conseqüentemente, para a Bovespa. Mônica Oliveira, economista da corretora Brascan, observa que ainda há sinais de uma demanda aquecida, que foi propiciada, entre outros fatores, pelo aumento de renda e crédito. Porém, as pressões inflacionárias já são suficientes para se prever um esfriamento da demanda interna, o que passa a ameaçar as margens de ganhos das empresas brasileiras afetando, por conseqüência, seus desempenhos em bolsa. Este, porém, é um problema de caráter mundial, alimentado sobretudo pelo elevado preço das commodities. Aperto monetário A consultoria LCA, em carta mensal, avalia que a inflação deve levar a um aperto monetário nas principais economias mundiais - já em curso nos países emergentes e a ser seguido, provavelmente, pela Europa e pelos Estados Unidos. Tal comportamento das autoridades monetárias é um fator a limitar o crescimento global nos próximos trimestres, julga a consultoria. "A inflação vai diminuir a demanda por conta da reação da política monetária", avalia Rafael Castro, economista da LCA. O aperto monetário que já se iniciou no Brasil pode ter um ciclo mais longo e mais intenso. Uma vez que o juro básico se eleva, investidores, principalmente os estrangeiros, tendem a migrar da renda variável para a renda fixa, provocando vendas de ações e a baixa do Ibovespa. Setores menos afetados Alguns setores da economia possuem a característica de serem inelásticos, ou seja, quando os preços sobem, a demanda cai menos em comparação com outros segmentos. Entre estes setores que conseguem repassar melhor os custos está justamente um dos maiores vilões da atual dispara de preços, o de alimentação. "Isto porque, os alimentos são bens de necessidade primária", explica Oliveira, da Brascan. "O repasse neste setor tende a ser maior do que em outros", observa Castro, da LCA, que pondera: "o setor de alimentação é o mais inelástico, mas existe um limite". O economista observa que os preços altos podem sim afetar o consumo: "no Brasil temos uma base de distribuição de renda bem larga, mas a população de baixa renda tende a sofrer bastante com a alta dos alimentos". Outro setor de característica inelástica é o de energia elétrica, que igualmente vende um bem de necessidade primária e tem suas tarifas ajustadas pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado). "O setor de fertilizantes também apresenta bastante inelasticidade, pois sua produção é muito veiculada ao preço do petróleo, mas as margens serão diminuídas, pois os custos estão altos", afirma Castro. Já Oliveira também aponta setores ligados ao crédito, como construção civil e automobilístico. "O termômetro de atividade econômica é a construção civil, que até agora vem tendo uma boa performance, porém, quando houver uma desaceleração, sem dúvida este setor vai sentir", adverte. Riscos para os setores A economista da Brascan alerta ainda para a sensibilidade destes mesmos setores. Se por um lado tais segmentos da economia não sofrem redução drástica da demanda com o aumento de preços, por outro, também são mais vulneráveis à elevação do juro. "Enquanto a demanda estiver aquecida, estes setores estão mais confortáveis para ajustar preços, mas o aperto monetário deve reduzir a demanda e afetar os negócios ligados à renda e ao crédito", explica Oliveira. Entre eles, serviços, bens duráveis e não-duráveis, exceto alimentos, aponta a economista. "É importante colocar que temos para frente um cenário de desaceleração, com uma política monetária mais restritiva e, sob este ponto de vista, alguns setores vão diminuir sua capacidade de repasse", conclui.

Fonte: InfoMoney



 
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