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Temporada de resultados e inflação alimentam cenário volátil às bolsas

03/07/2008 �s 10:29
Temporada de resultados e inflação alimentam cenário volátil às bolsas Quando da conquista do grau de investimento em abril e posteriormente em maio, muitos investidores redobraram seu otimismo à bolsa, apostando nas perspectivas de forte ingresso de capital externo ao País. Afinal, se nos últimos anos o mercado de ações brasileiro cresceu exponencialmente sem o elevado rating, imagine com o advento dele. Entretanto, renda variável é, por definição, arriscada, como de fato se mostrou em junho, quando o Ibovespa amargou uma queda superior a 10% - seu pior desempenho mensal desde abril de 2004. "A euforia observada após a concessão do investment grade (...) acabou sendo contaminada pelo pessimismo externo", afirma a equipe da Ativa Corretora. "O otimismo deu lugar a perspectivas mais sombrias", dizem, por sua vez, os analistas do Unibanco. Portanto, se o sexto mês deste ano tivesse de ser resumido em apenas uma palavra, esta seria, sem dúvidas, volatilidade. E, a despeito da torcida de muitos para uma recuperação dos mercados, a premissa segue verdadeira também para o mês de julho. "O aumento da aversão ao risco marcou junho e deve continuar pressionando o mercado acionário brasileiro no curto prazo", afirma a Ativa. Inflação atormenta economistas e investidores Na leitura de Lika Takahashi, estrategista da Fator Corretora, a maior volatilidade se configura como "resultado da exacerbação das preocupações sobre duas forças opostas - condições financeiras mais crescimento versus inflação". Tais tensões, antes limitadas aos mercados desenvolvidos, nas últimas semanas começaram a se fazer presentes também nos emergentes, pondo por terra a crença de descolamento e também o bom humor dos investidores. Segundo Takahashi, até pouco tempo, a percepção era de que a alta no preço das commodities tinha apenas a beneficiar o Brasil, cujo benchmark de ações é extremamente exposto a setores como de mineração e petróleo. Entretanto, qualquer vantagem nesse sentido vem sendo agora ofuscada pelo alarmante aumento da inflação no País, uma vez que o consumo tende a ser pressionado. E as projeções não são nada otimistas. "A forte deterioração do cenário inflacionário mundial não deve mudar, e novos recordes de preço nas commodities devem ser alcançados na medida em que a demanda mundial continua forte", alertam os analistas da Ativa. Desta forma, a leitura de que o afrouxamento monetário nos EUA chegou ao seu fim ganha cada vez mais corpo - e juro mais alto na maior economia e mais importante praça financeira do mundo não é tido nada bem pelos investidores. O cenário é similar por aqui, onde o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) já dá cabo a uma trajetória de elevações na taxa Selic. "A torcida continua grande para que a atividade econômica reduza a aceleração e a política monetária seja aplicada na dose certa para acalmar o dragão da inflação sem desacelerar a economia de forma drástica", afirmam os analistas da Ativa. Em meio a tudo isso, resultados A volta dos temores inflacionários não se restringe apenas ao campo econômico, afetando também as perspectivas corporativas. "Se os preços continuarem a subir, as margens das empresas poderão ficar sob pressão. Se caírem, haverá menor crescimento econômico. Nas duas alternativas, o crescimento dos lucros tende a cair, o que não conspira a favor da continuidade de expansão de múltiplos", afirma Takahashi. No entanto, o pessimismo, ao menos no que concerne à próxima leva de divulgação de balanços contábeis por parte das grandes companhias brasileiras, não é consenso entre os analistas. Os do Unibanco, por exemplo, apostam em uma boa temporada de resultados, tendo em vista o ainda robusto crescimento do volume de crédito no País e a expansão dos níveis de atividade. "Acreditamos que os fortes resultados possam amortecer a grande volatilidade internacional", afirma a equipe. De fato, embora controvérsias surjam quanto a projeções aos resultados domésticos, a leitura do mercado para os desempenhos corporativos lá fora é tomada homogeneamente por visões negativas. "Não se pode descartar o iminente risco de recessão nos EUA, com possibilidade de agravamento da crise no setor bancário, por conta do anúncio de novas perdas no segundo trimestre", ponderam os analistas do HSBC. A melhor estratégia Em meio a tanta nebulosidade, qual a melhor estratégia a se adotar para evitar maiores prejuízos? "Definitivamente, a principal regra a ser seguida, neste cenário de maior volatilidade nos mercados, é evitar os ativos de maior risco, principalmente aqueles setores com maiores exposições, em termos de custos, aos preços de commodities e ao dólar, em termos de receita", sugere o HSBC. Desta forma, o time de analistas do banco recomenda distância de papéis atrelados à demanda de bens de consumo no mercado interno, que devem sofrer no curto prazo, bem como de ações de aviação civil, que, além de pressionadas pela crise aérea, padecem com a disparada do preço do petróleo. Em contrapartida, analistas vêem com bons olhos o setor elétrico, tido como mais defensivo e bom pagador de dividendos, característica procurada em tempos instáveis.

Fonte: InfoMoney



 
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