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Em parte ignorados, sinais diários da inflação podem alterar retrato do mercado

20/06/2008 �s 15:23
Em parte ignorados, sinais diários da inflação podem alterar retrato do mercado O rumo do mercado doméstico passa por diversas premissas. O desempenho das blue chips e a situação da economia norte-americana são as determinantes principais a um dia de alta ou baixa da bolsa. Mas anteriormente ameaça, um tema já figura como preocupação real, mesmo que muitas vezes deixado em segundo plano pelos investidores. Trata-se do avanço inflacionário. As referências são diárias na agenda de indicadores doméstica. IGPs, IPCs, IPCAs, são siglas já rotineiras no cotidiano dos mercados, mas seus resultados parecem ofuscados entre um cenário composto por tantas variáveis. O que todas estas siglas vêm alertando é que o avanço inflacionário segue a todo vapor, e a questão ainda é alimentada pela disparada de preço de algumas commodities, em especial petróleo e alimentos. O problema é que esta realidade tende a reservar desdobramentos importantes para o retrato futuro do mercado, uma vez que mexe com medidas monetárias, taxa básica de juro, crédito e estrutura de custo das empresas e consumidores. A deterioração dos níveis de preços não pode ser ignorada. Ela reflete em diversos segmentos da economia e de maneira contrastante sobre o rumo de algumas ações. E além de claras, as evidências preocupam. Alguns analistas já destacaram o peso da questão ainda maior sobre os países emergentes, uma vez que estas nações apresentam variações mais significativas em indicadores como taxas de crescimento econômico e geração de empregos. Problema evidente Grande volume de investimentos e demanda irrestrita são fatores diretamente associados ao atual cenário da economia brasileira, recentemente promovida a grau de investimento. E estas características também acompanham desdobramentos inflacionários. Uma análise minuciosa dos últimos indicadores de preço divulgados exalta a evolução do problema. O "cume" pode ser considerado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente a maio. Além de evidenciar a deterioração dos preços ao marcar seu maior patamar desde abril de 2005, o indicador ainda colocou em xeque o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) para o ano. Outra informação importante tirada dos últimos indicadores é que os vilões principais parecem ser os alimentos. Segundo os analistas do banco Barclays, os alimentos "vem claramente sendo o maior motor da inflação nos últimos quartos, sendo responsáveis por mais da metade do avanço dos índices". Os núcleos dos indicadores, que excluem os itens mais voláteis como alimentos e combustíveis, são um bom fundamento para esta afirmação. Mas apesar da grande participação na aceleração inflacionária como um todo, não dá para limitar a questão a estes itens. A inflação vem evoluindo mesmo com a exclusão dos alimentos dos índices, ressalta o Barclays. Quinta-feira é exemplo A divulgação do IGP-10 (Índice Geral de Preços) e do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) da quinta-feira veio em linha com as expectativas do mercado. O problema é que estas expectativas já vêm deterioradas. "Mesmo sem grandes surpresas desta vez, o nível de inflação registrado por ambos os indicadores continua muito elevado, confirmando que o cenário inflacionário permanece muito preocupante", avalia o Unibanco. Impactos sobre a Selic Grande parcela dos impactos diretos da inflação sobre os mercados parte de seus reflexos sobre a taxa Selic. Com crescimento e aceleração na alta dos preços, a primeira impressão gerada é de necessidade de aperto monetário. O ciclo de elevações da taxa básica de juro brasileira já foi iniciado, reforçando a necessidade de atuação neste campo. Que o juro vai subir é consenso, mas a deterioração do cenário inflacionário evidenciada diariamente pelos indicadores sugere para os analistas um ritmos de altas mais agressivo na Selic. Na quinta-feira, a resposta do Barclays aos indicadores mais recentes foi de elevação de suas projeções para o avanço dos preços. O banco revisou sua projeção ao aumento da taxa Selic de 150 para 250 pontos-base até o final de 2008, o que deixaria a taxa a 14,75% ao ano. A reação dos mercados Os prêmios de risco mais elevado, das economias emergentes, estão sujeitos a captar retornos absolutos e relativos inferiores à tendência verificada nos últimos anos. Este primeiro impacto, na avaliação do UBS, tende a ser seguido por um movimento de migração dos investidores, da exposição às ações para a renda fixa e apreciação cambial, fatores que tendem a alterar a estrutura do mercado e penalizar os títulos ligados às variações inflacionárias. Diversos papéis tendem a ser diretamente afetados entre um cenário de aperto monetário mais agressivo. O reflexo sobre o crédito imediatamente tende a pesar sobre os papéis atrelados a setores como o de consumo e varejo ou construção civil, de grande exposição às taxas de financiamento em suas receitas. Entre os bancos, o impacto pode ser questionado. Se por um lado o volume de captações com a concessão de crédito pode ser afetado, as instituições podem ganhar com o spread nestas operações e ainda serem beneficiadas por maior exposição a ativos de renda fixa em tesouraria. Alguns analistas ainda vêem a questão sob outro olhar. Para o Citigroup, uma postura forte do Banco Central para conter a inflação pode trazer benefícios à bolsa no longo prazo, mas a alta no juro básico pode pressionar no curto prazo.

Fonte: InfoMoney



 
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