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Pregões incríveis: de volta às raízes da especulação, à South Sea Bubble de 1720

19/06/2009 �s 14:14
Pregões incríveis: de volta às raízes da especulação, à South Sea Bubble de 1720 Pregões Incríveis vai a fundo na história da especulação. Desta vez, a matéria volta para a Inglaterra do século XVIII, a um dos primeiros contatos de especulação desenfreada com os mercados. Deixando um pouco de lado o capitalismo, mergulhamos no mercantilismo, nos mares do sul. O caso em questão é da famosa South Sea Bubble, enorme bolha que estourou na bolsa inglesa em 1720 através das ações da South Sea Company, uma grande companhia marítima. Bem no período das grandes navegações, em que o comércio internacional respondia às relações das metrópoles europeias com as colônias do novo continente. Monopólio marítimo A Inglaterra enfrentava um período de pós-guerra, com elevado grau de endividamento por conta dos gastos militares. Aí que entra a South Sea Company. A companhia marítima se propôs a financiar o governo inglês, com empréstimo de cerca de £ 11,7 milhões - cerca de 20% da dívida total da Inglaterra na ocasião. Para tal, o governo se comprometeu a pagar juros de 5% ao ano para a empresa e ainda a concedeu monopólio de comércio para operar nos mares do sul. A proposta era extremamente atraente, pois relacionava a possibilidade da South Sea comandar o comércio de escravos e produtos para as colônias espanholas, sob a garantia de que a Espanha liberaria a utilização dos portos de suas colônias. Emissões e mais emissões No entanto, era preciso financiar as viagens. Em destaque pela obtenção do monopólio, a South Sea emitiu ações para levantar os recursos. As ofertas eram recebidas com euforia pelos investidores, que vislumbravam o expressivo potencial que o monopólio comercial poderia render. Com emissões sucessivas, as ações da South Sea se tornaram moda na época. Enquanto a administração lançava ações, passou a abrir diversas filiais e disseminar uma imagem de solidez do grupo, que acabava por garantir o sucesso das novas emissões. Todos queriam possuir os títulos, inclusive políticos e autoridades. Para se ter uma ideia, até mesmo Isaac Newton se tornou grande acionista da South Sea. O caso da empresa encorajou diversas outras companhias a abrirem capital na bolsa londrina. De £ 128 a £ 1.000 A trajetória das ações impressiona. Em janeiro de 1720, os ativos custavam £ 128. Chegaram facilmente a £ 175 em fevereiro, £ 330 em março e £ 550 em maio. Por outro lado, a imagem de prosperidade da companhia começava a ser afetada, a partir de desentendimentos entre a Inglaterra e a Espanha, que comprometiam a operação da rota marítima. Sob a ameaça de assistirem a uma avalanche no preço das ações, os administradores da South Sea Company resolveram emitir novas ações, que atingiram £ 1.000 no final de julho. A partir daí começaram a vender suas cotas e fugir para outros países. O mercado percebeu a situação complicada da empresa e, no final de setembro, os ativos eram cotados a £ 150. Muitos investidores quebraram com o movimento, inclusive Isaac Newton. Chegou ao ponto de uma onda de suicídios ser relatada na época e as autoridades inglesas resolveram intervir. Após a South Sea Bubble, a emissão de ações ficou proibida na Inglaterra por aproximadamente um século.

Fonte: Infomoney



 
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