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Descolamento volta a direcionar mercados emergentes, diz RGE Monitor
16/06/2009 �s 14:58
Ao passo em que o Bric - grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China - procura ganhar mais prestígio e prepara seu primeiro encontro formal, os consultores do RGE Monitor voltaram a destacar a tese do descolamento como uma possível como driver para os mercados.
Bric foi um nome inventado pelo analista Jim O'Neill, do Goldman Sachs, cujo estudo projetou esses quatro países como responsáveis por boa parte do crescimento mundial nas próximas décadas, especialmente por conta de fatores como o crescimento do consumo interno e grande população.
Após seguidos anos de crescimento, suas economias superariam a de países ricos. Todavia, o crítico momento enfrentado pelos mercados financeiros desde o final de 2008 trouxe dúvidas sobre a tese, levando muitos a duvidar do potencial dos emergentes.
Com a recuperação vivenciada pelos mercados acionários nos últimos meses e indicadores econômicos menos afetados pela crise que a maior parte dos outros países, os emergentes voltaram a ser tratados como uma opção diferenciada tanto para o longo prazo, quanto no curto prazo.
Sem espaço adicional
Segundo o estudo revelado recentemente pelos consultores da RGE Monitor, os investidores voltaram a levar em consideração a tese do descolamento. Por conta disto, ações de países como o Brasil e a China tornaram-se excepcionalmente procuradas por investidores.
Entretanto, os "mercados já incorporaram nos preços essa performance relativa superior", afirmou a RGE. Isto explica em parte o fato de o Ibovespa ter obtido variação superior a 38% desde o início do ano, enquanto o Nasdaq registrou ganhos de aproximadamente 14% no mesmo período.
Confiança
Outro ponto adicional é a confiança cada vez maior nas economias dos Bric, que voltaram a comprar dólares para compor suas reservas no maior ritmo desde setembro de 2008, um dos marcos da crise financeira, com o congelamento do crédito e a queda no comércio internacional.
Apenas em maio, os quatro países aumentaram suas reservas em cerca de US$ 60 bilhões. Recentemente, eles também reforçaram seu peso econômico cada vez mais importante ao acertar a aquisição de bônus emitidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
De maneira crescente, os investidores vêem estes países como uma opção mais segura, com base em políticas fiscais mais prudentes - além do espaço conquistado para realizar políticas econômicas anti-cíclicas.
Para a RGE, "a China liderará a recuperação econômica global", passando a definir a tendência a partir de 2010, ao passo em que Índia e Brasil o farão apenas em 2011 - também mais rápido que a maior parte dos outros países.
Fonte: Infomoney
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