Ministro participou de seminário nesta sexta-feira em São Paulo.
Segundo ele, PIB deverá crescer de 3% a 4% no último trimestre.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta (22), em São Paulo, que a economia brasileira já está "em viés de recuperação".
De acordo com o ministro, a expectativa é que no último trimestre do ano o Produto Interno Bruto (PIB) já esteja registrando crescimento de 3% a 4%, compensando a desaceleração esperada para os primeiros trimestres e alcançando a previsão divulgada na quarta-feira pelo Ministério do Planejamento de crescimento de 1% no ano.
"Para o crescimento, as condições estão dadas. Esperamos um primeiro trimestre com desempenho bastante modesto, mas, a partir de março, uma recuperação na economia brasileira", afirmou o ministro, que participou do seminário internacional "O Brasil e a crise econômica mundial", promovido pela revista "Carta Capital".
Ele também afirmou que os setores que mais vão crescer em 2009, segundo previu, serão os voltados para o mercado externo.
Apesar de apontar sinais de recuperação, o ministro disse que isso não quer dizer que a crise tenha acabado.
"Estamos percebendo alguma melhora no cenário internacional e alguma recomposição de crédito. O quadro é mais benigno que no ano passado, mas não significa que a crise tenha acabado", disse.
Mantega voltou a lembrar as melhores condições da economia brasileira e dos países emergentes em relação aos países desenvolvidos. Essas melhores condições, disse ele, são uma oportunidade para o Brasil assumir uma posição de protagonista no cenário mundial.
"A crise pode acelerar mudanças que vinham ocorrendo na economia mundial e consolidar o avanço dos emergentes. Acredito que haverá enfraquecimento dos EUA, Japão e Europa e fortalecimento dos países asiáticos e demais emergentes, de modo a se ter um balanceamento de forças", disse.
Segundo ele, essa situação proporcionará vantagens para o Brasil. "Agora, quando formos negociar, vamos ter que colocar na mesa os países que vão capitanear o crescimento da economia nos próximos anos. Certamente, o mundo será diferente, e o Brasil estará entre os novos protagonistas", declarou.
Fonte: G1