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Conexão Marítima - Atrativas, boas pagadoras de dividendos ganham foco em meio à volatilidade

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Atrativas, boas pagadoras de dividendos ganham foco em meio à volatilidade

12/11/2008 �s 10:17
Atrativas, boas pagadoras de dividendos ganham foco em meio à volatilidade Não é de hoje que as carteiras de dividendos são utilizadas como uma tentativa de redução da exposição ao risco, mantendo-se exposto à renda variável. Porém, à procura de uma remuneração mais segura em uma época na qual as bruscas oscilações das ações se tornaram algo cotidiano, as boas pagadoras de dividendos caíram nas graças de muitos investidores - e de grande parte dos analistas. Chamadas defensivas, as empresas que fazem parte desse grupo normalmente possuem menor potencial de crescimento, mas em compensação contam com uma geração de caixa estável, folha de balanço sólida e não dependem de investimentos intensivos. A combinação desses três fatores sugere atratividade significativa em épocas de crise. Segundo os analistas do BMO, em relatório, "investidores de longo prazo podem muito bem lucrar com investimentos prudentes em companhias bem administradas em setores em crescimento que atualmente têm 'acidentalmente' altos dividendos". Ou, conforme explicado em relatório mensal da equipe de estratégia de Renda Variável do Unibanco, "os nomes defensivos continuaram sendo um porto seguro durante o atual período de turbulência." Dividend Yield Um dos pontos altos nas carteiras de dividendos, contando como um dos fatores principais na classificação das empresas, é o dividend yield, dado pela relação entre os proventos (dividendos mais juros sobre capital próprio) pagos em dinheiro por uma companhia e a cotação das ações. No atual cenário, com a queda generalizada nas cotações das ações, o dividend yield das companhias que mantêm suas expectativas de pagamento de dividendos tende a aumentar. Isso porque a projeção do dividend yield é dada pela relação entre expectativa de pagamento do dividendo do exercício em curso e o preço atual da ação - como o denominador da relação está ficando mais baixo, a fração como um todo aumenta (claro, supondo manutenção da distribuição do mesmo dividendo). Cabe ressaltar que os juros sobre capital próprio são diferentes dos dividendos, sendo baseados nas reservas de lucros das empresas e não no seu desempenho no período. Vale lembrar também que, ao contrário dos dividendos, o Imposto de Renda incide sobre o acionista que recebe o pagamento dos juros e não sobre a empresa. O que mais importa? É interessante notar que uma boa escolha de ações para compor uma carteira de dividendos não depende apenas de um alto dividend yield, principalmente em tempos de crise. É necessário observar também a evolução histórica nos pagamentos de proventos e níveis de caixa da companhia, antes de fazer a escolha. Segundo Antônio Carlos Góes, gerente da área técnica da Corretora Senso, sua seleção de empresas para a carteira de dividendos leva em consideração, além do dividend yield, o payout (percentual do lucro que é distribuído) e a liquidez do papel, aspecto importante também em uma estratégia defensiva. É necessário também ficar atento ao momento atual de cada empresa. Por exemplo, na segunda semana de outubro, o Citigroup calculou o dividend yield dos ADRs (American Depositary Receipts) da Aracruz em 23,6%, o mais alto dentre as empresas listadas pelo banco no documento. Um dia depois da divulgação do relatório, a empresa, enfrentando problemas com as operações de derivativos cambiais, anunciou o cancelamento do pagamento dos proventos. Dividendos na crise Assim como aconteceu com a Aracruz, é preciso lembrar que, se as empresas brasileiras forem fortemente afetadas pela crise financeira internacional, é possível que os dividendos sofram cortes. Por outro lado, se empresas com boa geração de caixa decidirem não investir durante esse período, é possível que seu capital próprio seja destinado à remuneração dos acionistas. Entretanto, Góes alerta que "o fato de uma companhia postergar um investimento não significa que ela irá distribuir o capex (capital de investimento) aos acionistas". Principalmente porque esse capital normalmente advém de financiamento de terceiros e não do caixa da empresa. Boas pagadoras de dividendos Segundo o gerente da área técnica da Senso, não é possível listar setores específicos como bons pagadores de dividendos, já que isso muda de acordo com o cenário. Porém, Góes ressalta que, neste ano, o setor de energia tem se destacado nesta posição, por não ter feito grandes investimentos. A carteira de dividendos da corretora traz ainda empresas dos setores bancário, de telefonia fixa, metalurgia e consumo. Cabe lembrar que, segundo um levantamento realizado pela InfoMoney, as ações que receberam o maior número de recomendações nas carteiras de dividendos para outubro foram AES Tietê, Eletropaulo e Telesp.

Fonte: InfoMoney



 
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