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Petrobras: bom resultado é esperado, mas câmbio gera controvérsias
11/11/2008 �s 15:10
Dia de divulgação de resultados da Petrobras (PETR4, PETR3) é marcado por grande expectativa no mercado brasileiro - esta terça-feira (11) não é exceção. Os números obtidos pela estatal no terceiro trimestre deste ano serão apresentados ao público após o fechamento do pregão. Mas, no que depender das projeções dos analistas, os investidores podem aguardar números positivos.
Os analistas da Ativa atentam para dados recentemente divulgados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), que revelaram um volume de vendas de derivados de petróleo ainda bastante robusto no Brasil, o que deve impactar positivamente a receita da companhia. "O volume comercializado de gasolina cresceu 6,7% e o de diesel, 8,4%, refletindo um nível de atividade elevado", afirma a corretora.
Preços e reajustes
Sempre um fator de forte influência sobre os resultados da Petrobras, a questão da cotação do petróleo lá fora é amenizada pelo Bradesco. "Apesar da recente queda no preço no mercado internacional, acreditamos que a companhia deva manter boas margens operacionais no médio e longo prazo, uma vez que a Petrobras não deverá reduzir os preços para a gasolina e o diesel no mercado doméstico", afirma a equipe.
De fato, os preços praticados por aqui foram elevados no começo do ano, representando outro fator que deve impulsionar as margens da petrolífera. Embora certo efeito já tenha sido sentido no resultado do segundo trimestre, as equipes da Planner e do Bradesco acreditam que ainda haja impactos positivos residuais a serem registrados no desempenho de julho a setembro.
A leitura é compartilhada também pelos analistas da Ativa. Mas não é consenso no mercado. Para a equipe do Banif, "o impacto do aumento no preço do diesel em 15% e da gasolina em 10% já foi absorvido no segundo trimestre do ano".
Controvérsias quanto ao câmbio
Não é só o reajuste aplicado no preço dos combustíveis no mercado doméstico que gera controvérsias nas projeções dos analistas para o resultado trimestral da Petrobras. A questão do câmbio é o principal foco de dissenso nas expectativas traçadas, com uns apostando em uma influência positiva, enquanto outros vêem impactos negativos da desvalorização de mais de 20% do real frente ao dólar.
O Bradesco e a Ágora se encaixam no time dos otimistas, prevendo um impulso ao lucro líquido da empresa. Por sua vez, os analistas do Banif mostram-se mais comedidos: "não esperamos nenhum grande prejuízo financeiro. Se por um lado a valorização do dólar tem impacto negativo na dívida da Petrobras, o impacto sobre os ativos internacionais é positivo, compensando parte da perda".
No lado oposto, estão os analistas da Planner, para quem "o impacto da desvalorização cambial durante o terceiro trimestre deva afetar significativamente o resultado financeiro líquido do período, resultando em queda na margem líquida".
Fonte: InfoMoney
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