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Conexão Marítima - "Possibilidade de um acordo ousado em Doha é pequena", afirma especialista

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"Possibilidade de um acordo ousado em Doha é pequena", afirma especialista

22/07/2008 �s 14:58
Lançada há sete anos na capital do Catar, a rodada de negociações sobre liberalização do comércio mundial - chamada de Rodada Doha - ganha seu mais novo capítulo nesta semana, com a promoção de nova reunião entre os principais atores, sediada pela Organização Mundial do Comércio em Genebra - Suíça. De acordo com sua proposta inicial, a Rodada Doha seria marcada por impulsionar o desenvolvimento, como afirma Eduardo Felipe Matias, doutor em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo e autor do livro "A Humanidade e suas Fronteiras - do Estado soberano à sociedade global", vencedor do prêmio Jabuti em 2006. Deste modo, seu foco naturalmente convergiu para os produtos agrícolas, cuja importância relativa para as economias dos países pobres é maior. No entanto, "os países desenvolvidos resolveram conseguir concessões na área de indústria e serviços, mas alguns países como Argentina e Índia têm recusado-se", afirma Matias. Entraves Entre as maiores exigências dos países em desenvolvimento, está a eliminação de subsídios à produção agrícola nos países mais ricos, cuja viabilidade é reduzida drasticamente sem a ajuda governamental. Ainda que os países desenvolvidos sofram grande pressão interna, o estudioso ressalta as ineficiências econômicas que são geradas com estas medidas, prejudicando sua própria população. Negociações O impasse também é verificado pela posição dos Estados Unidos, que afirmou estar disposto a reduzir o limite para seus subsídios a cerca de US$ 15 bilhões por ano. Algo que precisa ser esclarecido, pois "a proposta em discussão, que não agrada aos países em desenvolvimento, na verdade não é uma redução, mas uma possibilidade de aumento", assegura Matias. Para exemplificar os benefícios que poderiam ser trazidos ao Brasil por um acordo em Genebra, o estudioso cita o etanol, que, caso viesse a ser incluído na Rodada Doha, "teria a ganhar duplamente, pois o subsídio ao etanol de milho cairia e a tarifa seria reduzida". Projeções Segundo Matias, fica cada vez mais evidente que a possibilidade de um acordo ousado em Doha é pequena, especialmente por conta da aproximação do fim da administração de George W. Bush na Casa Branca e da perda do "Fast Track", que o permitia negociar acordos comerciais sem a necessidade de aprovação do legislativo norte-americano. Contribuindo para a lenta evolução da Rodada Doha, a grande elevação do preço das commodities teria diminuído a importância da redução das barreiras para importação, afirma o estudioso. Ademais, a ascensão de um governo do partido democrata nos Estados Unidos poderá prejudicar ainda mais o andamento das negociações, dada a característica mais protecionista que o país possui, como revela a contraposição da omissão do favorito Obama sobre o etanol brasileiro, às declarações simpáticas do republicano McCain.

Fonte: InfoMoney



 
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