A Schotttel comemora este ano 30 anos de atividades no país. A empresa produz sistemas de propulsão azimutal, dispositivos de manobra e emergência e conjuntos de propulsão convencional até 30MW. A Schottel conta com uma rede mundial de vendas e serviços e além de desenvolver e construir propulsores, também oferece suporte técnico. A empresa é subsidiária da alemã Schottel, com larga tradição nos campos de engenharia mecânica, hidrodinâmica e de sistemas elétricos.
No Brasil, está sediada no município de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul. A participação da empresa no mercado brasileiro é em torno de 50%.
Para aumentar a sua participação no mercado brasileiro, e acompanhar de perto o crescimento da indústria naval brasileira, a empresa vai implantar um escritório de desenvolvimento de projetos no Rio de Janeiro.
O local será usado para gerenciamento de projetos de novas unidades. O objetivo é atender toda América do Sul, mas a atuação poderá alcançar ainda parte da América Latina.
Entrevista Michael Braun
Gerente geral da Schottel do Brasil
Conexão Marítima: Como está a empresa no Brasil?
Braun: Estamos bem estruturados. O nosso foco principal no Brasil é manter e aumentar a capacidade da assistência técnica. Não queremos apenas vender e sim prestar serviço ao cliente e investir em treinamento para nossos funcionários. Treinamento focado em rebocadores, offshore para os mestres e pessoal de bordo das embarcações.
CM: O petróleo está ditando o rumo de muitos negócios no mundo o que acarreta bons negócios de propulsores para embarcações. A Petrobras encomendou a construção de 146 navios de apoio à produção de petróleo em mar e mais sondas. Como a empresas está acompanhando isso?
Braun: Acompanhamos com atenção esses investimentos que a Petrobras está realizando. Estamos prontos para entregar sistemas quando for necessário.
CM: A preservação do meio ambiente hoje é um tema de interesse mundial. Neste sentido, de desenvolver tecnologias que reduzam emissões de gases poluentes, como esta a Schottel?
Braun: Essa questão preocupa muito a todos. Atuamos no ramo de propulsores marítimos e temos dado muita atenção ao meio ambiente. Com o novo sistema Combi Drive , o resultado prático é a redução do uso de combustível. Isso é interessante. Porque temos que pensar no futuro e pego como exemplo as sacolas de plástico que são utilizadas em super mercados, já está ocorrendo um avanço com a substituição do plástico por outros materiais. No Brasil essa questão tem que evoluir.
CM: Como funciona o sistema Combi Drive?
Braun: O equipamento combina critérios técnicos de propulsores azimutais, quanto de pod drives. Só que o motor do novo sistema de propulsão é verticalmente integrado no tubo de suporte, instalado na embarcação, do propulsor azimutal. A disposição do motor elétrico significa que o novo conceito é similar ao de um propulsor azimutal com entrada de potência vertical. O sistema SCD dispensa caixa de engrenagens e um eixo cardan, formando um conjunto compacto e de fácil instalação ainda no estaleiro. A Schottel acompanha vários projetos de construção de navios com a nova tecnologia diesel-elétrico SCD.
NOTA DO EDITOR:
AS REPORTAGENS COMPLETAS DE HAMBURGO FARÃO PARTE DO ESPECIAL QUE SERÁ PUBLICADO JUNTAMENTE COM A EDIÇÃO DE NOVEMBRO DA REVISTA CONEXÃO MARITIMA.
Fonte: Diniz Júnior